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Mostrando postagens de abril, 2017

Dicas de livros contemporâneos escritos por mulheres

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A escola não precisa ser um lugar chato para se amar a literatura. Nós acreditamos que ler aproxima as pessoas e que não precisa acontecer por obrigação. Mas a escola nem sempre oferece aquilo que pode despertar a nossa admiração pelas palavras, então, indicamos nesse post alguns livros contemporâneos para você se inspirar a conhecer quem são as mulheres depois de Clarice Lispector que podem entrar no seu repertório literário :)  Você pode ouvir o nosso debate sobre o assunto bem aqui .  ★  Por Nina Spim   ★ O Diário de Anne Frank, Anne Frank É um dos clássicos contemporâneos que mais amo, primeiro porque o formato dele convida o leitor para a leitura. Segundo, porque está inserido num contexto histórico que gosto muito de ler na ficção e na não-ficção. E terceiro, porque a Anne é uma garota às avessas. Ela poderia ser triste e estar devastada pela guerra e por sua situação clandestina, mas muitas vezes usa o humor e a perspicácia para demonstrar que, intimamente, se

Crônica: Virginia Woolf - programa #1

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Meu querido. Tenho certeza de que vou enlouquecer de novo. Não podemos passar por mais uma daquelas crises terríveis. E, dessa vez, não vou sa­rar. Começo a ouvir vozes e não consigo me concentrar. Por isso estou fazendo o que me parece a melhor coisa. Essas são as primeiras palavras da escritora Virginia Woolf em sua última carta, destinada a seu marido Leonard. A manhã estava aberta e bonita e, mesmo assim, Virginia deixou sua casa carregando pedras nos bolsos. Andou até o rio Ouse e desapareceu nele para nunca mais voltar.  A escritora nasceu em 25 de janeiro de 1882 e tinha mais três irmãos. Foi aprender a falar depois dos três anos, mas aos seis já contava histórias e, aos sete, já sabia francês e latim. A família era de classe média, mas Virginia nunca teve uma educação formal. A oportunidade de ter um diploma nunca aconteceu. Seus irmãos, sim, foram para Cambridge. A restrição aos estudos acadêmicos, por outro lado, não a impediram de ingressar nas Artes. O pai de

Papo de Maria Podcast #1 - Literatura

Oi, gente!  O primeiro programa do Papo de Maria nasceu! 👱 Batemos um papo com a Clarissa Xavier (uma das mediadoras do projeto Leia Mulheres ) e com a Priscila Pasko (criadora do site  Veredas ) sobre algumas das primeiras mulheres que começaram a escrever suas obras no século XIX, o mercado de trabalho e o público para a literatura de autoria feminina e a descontração de estereótipos. Também perguntamos para algumas leitoras sobre quem são as mulheres de sua estante e por que essas autoras são suas preferidas.  Vem conferir o resultado! Anota aí na agenda: dia 09 de maio , a religião será debatida no segundo programa ;)

As mulheres

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Ser mulher é desafiador.  Não somos iguais, nem por fora nem por dentro. Nossas cores, narizes e olhos são miríade. Nossas alegrias, fortalezas e embates são únicos. Ser mulher é encontrar um rosto desconhecido por perto e lembrar que temos uma rede. Nós somos a mesma mulher na vivência social. Somos apagadas, não levadas a sério, interrompidas e esquecidas. Somos a mesma mulher que quer falar porque tem tudo a dizer.  Somos mais de cem milhões no Brasil. Somos sonhos, desejos e liberdades. Nós encaramos a vida de modos diferentes, mas sabendo que existimos iguais. Somos iguais em estatísticas e assédios, somos iguais em trabalhar o triplo para fazer com que os outros lembrem que merecemos reconhecimento.  Nós estamos em todos os lugares, mesmo que não nos vejam. Estamos nos livros, diluídas na propagação do conhecimento, nos gritos das ruas e nos fios de linho das roupas que espiritualizam.  Ser mulher é ser igual nas diferenças. É lembrar que as diferenças pode